Outono

Outono

29 de nov. de 2012

Uma noite no hospital



Pois é, o Marcelo passou uma noite no hospital, de terça pra quarta. Sem falar alemão direito, mas até que ele se virou super bem!

Há umas 2 ou 3 semanas ele teve dores, que ele já identificou como sendo de pedra no rim, pois há um tempo ele já teve pedras nos rins. Eram dores brandas, com remédio passavam, mas eram as mesmas dores. Aí marcamos consulta no urologista, fomos na segunda-feira no final da tarde e ele disse que o rim esquerdo do Marcelo estava “represado”, provavelmente ele tinha uma pedra no ureter. Ele pediu que fossemos na terça de manhã ao hospital pra eles fazerem mais exames.

Aí fomos e ficamos no hospital um tempão, o Marcelo fez vários exames que mostraram que ele realmente tinha uma pedra de 6mm no ureter que devia ser retirada. Então ele ficou internado e no dia seguinte, ontem, quarta-feira, às 13hs ele foi fazer a microcirurgia. Os médicos haviam dito que se eles conseguissem tirar a pedra ele ficaria internado até sexta-feira em observação. Mas como eles não conseguiram ele pode ir pra casa ontem de noite. Só que ele vai ter que voltar e refazer o procedimento em 5 semanas.

Bom, ele está bem, sem grandes dores, e feliz por estar em casa de novo, que ficar no hospital ninguém merece!

Mas eu tô escrevendo tudo isso aqui no blog pra dizer como foi o atendimento no hospital aqui na Alemanha. Enfim, foi super bom! Não fica nada a dever pros hospitais particulares do Brasil. E as enfermeiras foram muito simpáticas e atenciosas, ainda mais sabendo que o Marcelo não fala alemão direito ainda. Na hora da cirurgia ele também foi sozinho, e os médicos até fizeram mímicas pra ele entender tudo. E tava tudo enfeitadinho pro natal já, bem bonitinho!

O Marcelo ficou em enfermaria, com mais dois pacientes, um homem que tinha operado o nariz e um senhor que tinha operado a coluna. Os dois bem simpáticos também!
Foi tudo melhor do que a gente pensava, como sempre. A gente sempre vai preparado pra encontrar com gente chata, burocracia, problemas, e quase nunca acontece!

Preciso ainda agradecer meu pai e meu irmão, que deram a maior força cuidando das crianças pra gente enquanto eu ficava no hospital com o Marcelo durante o dia. Nada como ter família por perto nessas horas!

E eu estou muito orgulhosa do meu marido que ficou nessa situação nada fácil sozinho. Ele se virou como deu, teve tranquilidade e coragem. E agora internação em hospital na Alemanha também já nao é mais novidade pra gente. É mais um item da nossa lista de vivências alemãs riscado!



23 de nov. de 2012

Escuridão

4 e meia da tarde e a Dani resolve ir ao mercado...






Quando saiu do mercado assustou, já era noite (às 5)!


E ainda vai piorar até 21 de dezembro...

Beijos e bom final de semana pra todos!

14 de nov. de 2012

Neblina

Fotos tiradas ontem (o graus) e hoje de manhã (-2 graus):






















Os dias aqui estão sendo assim, acordamos com por volta de 0 graus, geada e muita neblina...

Aí muitas vezes ao meio-dia e meia a paisagem ainda tá assim (fotos tiradas hoje, 4 graus):






A neblina não larga da gente, hehe! O sol aqui é mais fraco pois estamos mais longe da linha do Equador, então nem todo dia ele tem força de dissipar a neblina, e passamos o dia neblinados!

12 de nov. de 2012

O meu hall de entrada

Meu hall de entrada era tão sem graça, tadinho!

Aí eu resolvi dar uma arrumada nele. Já faz tempo, mas eu não tinha documentado aqui no blog, então vamos lá.

Primeiro eu resolvi fazer três quadrinhos com folhas impressas com aquarela (fácil, pega a folha por aí, passa tinta, carimba no papel) em homenagem ao outono, claro.





Daí vieram um tapete novo e a pimenteira do meu pai (que está hospedada aqui enquanto ele está no Brasil).


Depois num passeio por um bosque eu recolhi umas folhas e umas pinhas e fiz um enfeite de porta.




E agora meu hallzinho está cheio de graça!

10 de nov. de 2012

Laterne, Laterne...

Ontem foi a festa da Laterne (lanterna) das escolas aqui do bairro. Mais uma tradição da qual eu sempre ouvia falar, das músicas que até hoje eu sei cantar, mas nunca tinha vivido de verdade.

Dia 11 de novembro é dia de São Martin, que pelo que eu soube foi um soldado romano que ajudava os pobres. Diz a lenda que uma vez ele cortou seu manto ao meio e deu uma metade a um mendigo que estava morrendo de frio na neve. Depois disso ele sonhou que quem havia recebido o manto foi Jesus, que estava disfarçado de mendigo.

E a tradição de celebrar o dia de São Martin aqui na Alemanha é as crianças pequenas confeccionarem lanternas de papel e saírem à noite passeando no escuro com elas cantando músicas referentes à lanterna e a São Martin. Parece que andar com a lanterna é um ato simbólico de trazer luz ao mundo.

E lá fomos nós ontem à noite pra festa da Laterne do Rafa. Ele fez a dele na escola com as professoras, e estava muito orgulhoso.




A turma da escolinha do Rafa ia se encontrar no parque aqui do bairro (pra quem já esteve aqui é aquela praça perto do banco) às 5 e meia da tarde (que na verdade já é noite, escuro, escuro).

Chegamos lá e já tinha um bocado de gente, as crianças com suas lanternas brincando, muito legal. A professora de música estava tocando as músicas tradicionais no violão e as crianças e os pais cantando, muito lindo. Sorte que não estava chovendo, estava frio, uns 5 graus, mas tranquilo.






E o mico, será que teve? Claro que teve, quando é que a Dani aqui vai num evento novo sem pagar mico? Bom, o da vez é que eu levei uma vela pra colocar dentro da lanterna do Rafa e quando chegamos lá estava todo mundo com umas lampadinhas penduradas dentro. Só o Rafa e mais uma menina que estavam com vela de verdade. Claro, assim ninguém corre o risco da vela queimar a lanterna... Mas como é que eu ia saber que eu tinha que comprar uma lampadinha dessa? Bom, ano que vem eu já sei. De qualquer forma o Rafa nem ligou, ele se achou todo importante com a vela dentro da lanterna, e cuidou bem dela, ela voltou inteirinha pra casa.

Do parque fomos todos juntos andando até a ex-escola da Marina, passeando pela cidade cantando as músicas.






Foi muito lindo, o Rafa amou andar pela cidade à noite com a Laterne dele.

Chegando na escola tinha uma fogueira, também tradição dessa festa, e o Rafa também adorou.



Além disso tinha barracas com vinho quente (pros adultos, 1 Euro cada) e ponche quente pras crianças (de graça). E, claro, pão com salsicha.


Foi tudo muito lindo! Eu quase chorei em alguns momentos, porque sou bobona, e porque as músicas me emocionam. E por pensar que estávamos todos trazendo mais um pouco de luz ao mundo.