Outono

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19 de mar. de 2012

Primeiro dia de aula da Marina

Hoje foi um dia especial. Primeiro dia de aula da Marina na escola nova.

Mas antes vamos falar do que rolou no domingo?

Domingo de manhã levamos a Marina pra passar o dia na casa da minha prima (e não nos perdemos nem na ida nem na volta, uhuuuu), com os primos dela. Mais com a Natália, filha da minha prima, pois o Gabriel, o filho, saiu o dia todo. Ela se divertiu um monte, fizeram flores de feltro, bolo (ela e a Natália sozinhas), foram ao culto infantil (ela e a Natália sozinhas de novo)... A Marina gostou muito de ter ido com a Natália à igreja pois perdeu um pouco o medo do novo, de estar no meio de um monte de crianças alemãs e ser a diferente. Ela disse que as crianças vieram falar com ela, que foi muito legal!

Enquanto isso, em casa, arrumei as nossas roupas nos armários que já temos, rearranjei as malas, arrumei tudo, pois estava uma bagunça essa parte. Depois, de tarde, vieram em casa meu pai, meu irmão, minha cunhada e minhas sobrinhas bebês (fofas, lindas, gostosas da titia). Fizemos um café...

... puts, pausa, falando em café, lembrei que eu resolvi fazer um bolo de cenoura. O primeiro na Alemanha. Há dias eu e meu pai vínhamos colecionando os apetrechos necessários pra eu fazer bolos (acho que meu pai também está com vontade, hehe). Batedeira, mixer, tigelas, farinha, fermento (oh dúvida cruel dentro do mercado, o que será que é fermento de fazer bolo???), cenouras, assadeira, enfim, a cada compra lembrávamos de mais um ítem pro bolo. Eis que no sábado lembramos que faltava um detalhe importante, meu forno está sem a grade! A gente já havia procurado uma grade que coubesse e não havíamos achado. Determinada a fazer meu bolo de cenoura, mandei bala assim mesmo no domingo de manhã. Bati as cenouras com o mixer (puts, foi difícil, mas acabou dando certo), coloquei o que achamos que era fermento de bolo (chama Backin, e era isso mesmo), e coloquei no forno direto na bandeja dele. Depois de 20 minutos um baita cheiro de queimado! Não rolou, o bolo queimou no fundo e não assou o resto. Joguei tudo fora. Burra, dirão vocês, mas a vontade era tanta que eu tentei... Enfim, já estamos providenciando uma grade via Amazon, espero que chegue logo. E eu liguei pras minhas visitas e perguntei se elas poderiam trazer algo pra gente comer, ó que fina!despausa...

conversamos, curtimos ver o Rafa e a priminha correrem pela casa, e depois chegaram minha prima e a Natália trazendo a Nina de volta. A minha prima se juntou a nós, aí minha mãe e minha irmã apareceram no Skype, enfim, foi uma muvuca, do jeito que eu gosto!

Na hora de dormir a Nina começou a panicar por causa da escola. Conversamos e ela conseguiu dormir logo.

De manhã ela acordou bem, cedo, tomou café, se vestiu e saímos. No caminho ela começou a panicar de novo, queria voltar, queria deixar pra outro dia. Fui firme, não dei muita bola, mudamos de assunto, fomos olhando as casas, os jardins, e chegamos, uns 20 minutos antes da aula começar. Foi bom porque estava bem vazio, e ela entrou mais confiante. Fui atrás da professora dela, achei, conversamos um pouco e ela quis marcar uma entrevista no final da aula, às 13:15hs. Fomos pro pátio da escola, onde as crianças ficam esperando o sinal tocar antes de ir pras salas. Lá a Marina ficou apavorada mesmo. Disse que estava tonta, que estava chegando gente, que estava todo mundo olhando pra ela, que ela ia morrer. Judiação, fiquei com dó mas me mantive firme. Daí logo vieram duas meninas e um menino muito simpáticos da classe dela perguntar como ela se chamava, conversaram um pouco comigo, se apresentaram, muito fofos! E quando o sinal tocou a professora chamou eles e eu fui embora.

Chegando em casa o Marcelo e o Rafa já estavam prontos pra gente ir pra uma cidade vizinha pra uma entrevista marcada no órgão dos estrangeiros pra pedirmos o visto do Marcelo. A entrevista era às 9 horas, meu irmão foi junto com a gente.

Lá foi tudo bem, deu tudo certo, o meu pai deu uma carta da empresa dele dizendo que tinha intenção de contratar o Marcelo, e daí conseguimos um visto de 3 anos direto e com direito a trabalhar já, mesmo sem saber alemão. Foi bem bom.

Saímos de lá às 10hs e fomos pro Job Center pra eu tentar dar entrada no auxílio desemprego, que parece que eu tenho direito, mesmo sem nunca ter contribuído com imposto algum aqui na Alemanha. E pra continuar o processo de busca de emprego também. Só que lá demorou, passei por 4 entrevistas diferentes, saí de lá quase às 13hs, agoniada pois o Marcelo e o Rafa estavam lá fora no carro, o suco do Rafa estava comigo na bolsa, e eu ainda não tenho celular pra me comunicar. Foi punk. Mas deu tudo certo, ainda temos algumas etapas pra conseguir o tal do auxílio, mas acho que vai rolar.

Enfim, saímos correndo, pois tínhamos que pegar a Nina às 13:15hs na escola, e conversar com a professora. Mas deu tempo certinho! Chegando lá, encontrei minha filha feliz, cercada de meninas, que já correram pra me perguntar onde a gente mora, que elas querem logo poder brincar na rua com a Marina, essas coisas. E a Marina amou a escola! Amou a professora! Amou as crianças da classe dela! Ela não queria ir embora e está ansiosa pra chegar logo amanhã e reencontrar as amigas. Ela já quer voltar sozinha pra casa andando com as meninas amanhã, e eu vou deixar! Porque aqui é assim, todas as crianças do bairro estudam na mesma escola e fazem então tudo juntos. Vão sozinhos andar por aí, brincar, ir na casa uns dos outros. Ô delícia!



E eu fiquei mega aliviada! Essa era uma das minhas grandes preocupações ao vir pra cá, como seria essa adaptação da Marina. E agora acho que vai ficar tudo perfeito! Ela já tem o quarto que ela sempre quis, uma casa nova, e agora está perto de ter um monte de amigos novos, e liberdade.

Não posso deixar de agradecer à Oma, minha avó, bisavó da Marina, que ainda no Brasil passou os últimos 3 meses dando aulas diárias de alemão pra ela, o que deixou ela mais confiante. Oma, precisa ver agora a animação dela em aprender, ela está louca pra conversar logo com as amigas, fica o tempo todo falando alemão comigo, me perguntando tudo... Agora vai rápido!

Bom, de tarde ainda fui passear com as crianças e procurar um parquinho público por perto (aqui sempre tem um parquinho por perto, acho que é meio obrigatório) e achamos! Fica a 3 quadras de casa, e é muito gostoso! Os dois amaram! Aí vão fotos dos dois se divertindo então pra gente acabar esse post, pois vou dormir.

Obrigada de novo pela torcida de todos no Brasil e pela ajuda de todos aqui na Alemanha. Nada como ter amigos queridos nessa vida, não é?















9 comentários:

Eliane Felisbino disse...

Ehhhhh...sou a primeira a comentar. Que legal, fiquei torcendo pela Marina enquanto lia o post, no final fiquei feliz como se fosse minha filha. Parabéns Marina. Estamos orgulhosos por aqui.
Bjs,

Ana Gaspar disse...

oi flor!
que bom que tudo estra entrando nos eixos hem.. e muito rápido...nossa!!!
estou aqui torcendo por você e realmente acho que vcs fizeram a decisão certa...
beijão

Ariel Martins disse...

Ah o bolo.... O SEU bolo...

Sorte... sucesso e bolos rsrsrs

Stefany Conduta disse...

Oi Dani!
Ai que saudade do bolo! hahaha
o de cenoura principalmente!
A adaptação das crianças está sendo muito boa ne!
Kusse!

Silvia disse...

êêê! Que delícia de fotos!! Que bom que deu tudo certo na escola da Marina!!!! Estou muito feliz por vocês! Beijos!

Je disse...

OI Dani...
Que bom q deu tudo certo com a Marina..Já é difícil mudar de escola quando se fala a mesma lingua, imagino a aflição dela!
As fotos são lindas...que paisagem gostosa né?
Dá pra ver que as crianças estão bem felizes!
Mas foto sua ainda não postou né? Vc deve estar com uma cara ótima!

Beso saudoso

Je disse...

OI Dani...
Que bom q deu tudo certo com a Marina..Já é difícil mudar de escola quando se fala a mesma lingua, imagino a aflição dela!
As fotos são lindas...que paisagem gostosa né?
Dá pra ver que as crianças estão bem felizes!
Mas foto sua ainda não postou né? Vc deve estar com uma cara ótima!

Beso saudoso

Dri disse...

Daninhaaaaaaaaa

que notícias maravilhosas (exceto a do bolo rs*). Nossa, faço das palavras da Eliane as minhas.
Estou apaixonada pelos seus contos da vida real na Alemanha!
Aliás, na próxima encarnação quero ser alemã ou descendente pra poder ir morar aí hehehe

Um beijão e tõ na torcidade por vocês, sempre!

Sabine disse...

Que delícia saber que está dando tudo certo! Fico MUITO feliz por vocês!

Beijão! ;)

P.S: Que orgulho dessa filhota essa mãe deve ter, hein... hehehe...